Ó Cristos de ouro, de marfim, de prata,
     Cristos ideais, serenos, luminosos,
     Ensanguentados Cristos dolorosos
     Cuja cabeça a Dor e a Luz retrata.       
 
     Ó Cristos de altivez intemerata,
     Ó Cristos de metais estrepitosos
     Que gritam como os tigres venenosos
     Do desejo carnal que enerva e mata.       
 
     Cristos de pedra, de madeira e barro...
     Ó Cristo humano, estético, bizarro,
     Amortalhado nas fatais injurias...       
 
     Na rija cruz aspérrima pregado
     Canta o Cristo de bronze do Pecado,
     Ri o Cristo de bronze das luxúrias!...

                                              (do livro “Broquéis”)
 

 
Créditos:

www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br  



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 23/11/2011
Código do texto: T3352534