APELO ERÓTICO
Vinde, de teogônicos umbrais,
Rompei a pele sutil do senso
E levai, ao desengano propenso,
A falta que vosso gozo me faz!...
Acendei, nessa ascética ilusão,
A busca perpétua, o eterno retorno!
Fervei os desejos, meu peito morno,
Soprai o prazer na dor da paixão!...
Vinde, fincai a flauta seminal
Na profundeza fremente do vale,
Antes que a última rima se cale...
Antes de a última vaga (que estua)
Inundar o venéreo parreiral,
Trazei-me a ninfa que se estende nua!...
Por Fernando Fonseca.
Obrigado pela interação, Mestre.
Araripina, 22/11/11.
Vinde, de teogônicos umbrais,
Rompei a pele sutil do senso
E levai, ao desengano propenso,
A falta que vosso gozo me faz!...
Acendei, nessa ascética ilusão,
A busca perpétua, o eterno retorno!
Fervei os desejos, meu peito morno,
Soprai o prazer na dor da paixão!...
Vinde, fincai a flauta seminal
Na profundeza fremente do vale,
Antes que a última rima se cale...
Antes de a última vaga (que estua)
Inundar o venéreo parreiral,
Trazei-me a ninfa que se estende nua!...
Por Fernando Fonseca.
Obrigado pela interação, Mestre.
Araripina, 22/11/11.