APELO ERÓTICO  
 
Vinde, de teogônicos umbrais,
Rompei a pele sutil do senso
E levai, ao desengano propenso,
A falta que vosso gozo me faz!...
 
Acendei, nessa ascética ilusão,
A busca perpétua, o eterno retorno!
Fervei os desejos, meu peito morno,
Soprai o prazer na dor da paixão!...
 
Vinde, fincai a flauta seminal
Na profundeza fremente do vale,
Antes que a última rima se cale...
 
Antes de a última vaga (que estua)
Inundar o venéreo parreiral,
Trazei-me a ninfa que se estende nua!...
 
Por Fernando Fonseca.
Obrigado pela interação, Mestre.
Araripina, 22/11/11.

Fernando Fonseca
Enviado por Wlads em 23/11/2011
Reeditado em 30/11/2011
Código do texto: T3351647
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.