...O VAGABUNDO ...
O VAGABUNDO...
Seus olhos são tristes, são chorosos,
Perdidos pela linha desta vida
Tem dor de fortes prantos lamentosos;
Vazios d’uma alma sem guarida...
Deitado pelos bancos, pobre, sujo,
Nas mãos uma garrafa de cachaça
Bebeu tanto a dor feito um marujo;
Nos mares da tristeza tudo passa!...
O débil homem, fraco e tão sozinho,
Não tem ninguém, nem lar, um miserável,
Que mora pelas praças, vagabundo...
Na morte desta vida abominável,
Será aquele homem passarinho,
Voando lá no alto sobre o mundo?....
Aarão Filho.
São Luís-Ma, 21 de Novembro de 2011.