AMOR PLENO

Tento descrever o amor infindo e pleno.

Esse amor que vem sem avisos e esperas,

chega sorrateiro, encantador e sereno

e vem morar pelas carências das quimeras.

Pois que esse larápio me veio e se apossou

em fêmeo corpo - se ocupando dos espaços

vazios de amores que o tempo desocupou

e ora implorava amargamente por abraços.

Falo dum amor que fez sorrir um sisudo,

instalou o canto pelos cantos da boca,

abrandou as rudezas, desprende de tudo.

Talvez fosse melhor com a alma dizer.

O amor transcende sobre a mente que, treslouca

e ansiosa, não saberá descrever.

Vilmar Daufenbach

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 22/11/2011
Reeditado em 24/11/2011
Código do texto: T3350519