AMOR PLENO
Tento descrever o amor infindo e pleno.
Esse amor que vem sem avisos e esperas,
chega sorrateiro, encantador e sereno
e vem morar pelas carências das quimeras.
Pois que esse larápio me veio e se apossou
em fêmeo corpo - se ocupando dos espaços
vazios de amores que o tempo desocupou
e ora implorava amargamente por abraços.
Falo dum amor que fez sorrir um sisudo,
instalou o canto pelos cantos da boca,
abrandou as rudezas, desprende de tudo.
Talvez fosse melhor com a alma dizer.
O amor transcende sobre a mente que, treslouca
e ansiosa, não saberá descrever.
Vilmar Daufenbach