"DOR CULTURAL"
Um, dois, três, quatro... E a contagem chega a dez, outra vez.
A solicitação ao silêncio se repete, novamente.
Mais um grito alusivo é dirigido, necessário se fez.
O motivo é sempre o mesmo. Nada cala essa gente.
Cada um tem sua razão, que agora não importa.
Parece que nos momentos antecedentes, antes de aqui estar,
Viveu-se um drama, foi testemunha... O que a emoção não suporta.
Mas nada disso é relevante, pois este não é o lugar.
No salão onde se agrupam, dever-se-iam, com louvor,
Dedicarem-se às atividades que então lhes são permitidas,
E que mais tarde poderão indicar-lhes outras saídas.
Mesmo sendo jovens, adolescentes sem qualquer obrigação,
Cuja única necessidade é o de fazer-se centro da atenção,
Deveriam compreender o quanto lhes pesa a apatia de um Professor!...
(ARO. 1993)