"MARGINALIZAÇÃO... CAMINHO SEM VOLTA"

Nasce uma vida, e pulsa seu coração,

Pois não é vegetal, nem é de pedra sua composição.

Foi curtido no início, acompanhado a surgir

Mas, por exigências do destino, o pai, não o viu partir.

A mãe, por muito tempo, torna-se também o homem,

Teve a sua vez, e a família se consome.

Fica um fruto, ainda verde, sem saber da vida,

Nem mesmo o sabe que a perda seria sua ferida.

Junta-se a outros de igual comportamento:

Vivem sós catando lixo, aproveitando o alimento

Que sobrou d’alguma mesa na fartura social.

Junta-se a outros: ignorantes dos mistérios do mundo,

Que não sabem das leis, por isso vão com sede ao fundo,

E, de repente, sua foto o qualifica de ser mais um “marginal”.

(ARO. 1991)

Profaro
Enviado por Profaro em 22/11/2011
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