...FLOR DA SAUDADE...

Ao amigo e aluno Eraldo Junior

Nas lápides sombrias, sepulturas,

Uma flor da saudade, de cor roxa,

Caía do pecíolo, tão frouxa,

Por cima destas lájeas escuras...

O vento sibilante, das alturas,

Em sopro lutuoso e cimério,

Enchia de pavor o cemitério,

Na noite, pelas covas em auguras...

As sombras espalhadas, tão etéreas,

Jaziam quais figuras assombradas,

Em copas tão graúdas n’escuridão...

As almas, pelas tumbas tão funéreas,

Saiam dos jazigos, condenadas,

À morte tão eterna, ali, no chão!...

Arão Filho.

São Luís-Ma, 21 de Novembro de 2011.

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 22/11/2011
Reeditado em 22/11/2011
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