"NÃO PRECISA O PORQUÊ"
Por que eu só vejo tristeza se o meu redor é divino,
Se sinto a força da fé, sinto-me um menino.
Por que o semblante nublado, antecipando uma dor
Quando os que de mim se a cercam, trazem-me paz e amor?
Por que esta dúvida cruel tornando-me indesejável
Quando meu caminho está claro, e isto é saudável?
Por que esta pressa de ver tudo com claridade
Se me estou comprometendo com atos que visam caridade?
Por que esta ânsia extrema envolvendo meu ser?
Parece testar-me a paciência, ou se me faço merecer
Toda esta Dádiva Divina que vem para esclarecer!
Por quê? Eu me pergunto, mas não sei se deveria,
Pois se tudo transcorre normal, por que a agonia
Se o mais importante é assumir sua Fé sem medo, ou covardia?!...
(ARO. 1991)