Vinho de sol ideal canta e cintila
     Nos teus olhos, cintila e aos lábios desce,
     Desce a boca cheirosa e a empurpurece,
     Cintila e canta após dentre a pupila.
      
 
     Sobe, cantando, a limpidez tranqüila
     Da tu'alma estrelada e resplandece,
     Canta de novo e na doirada messe
     Do teu amor, se perpetua e trila...
      
 
     Canta e te alaga e se derrama e alaga...
     Num rio de ouro, iriante, se propaga
     Na tua carne alabastrina e pura.
      
 
     Cintila e canta na canção das cores,
     Na harmonia dos astros sonhadores,
     A Canção imortal da Formosura!
                                         
(do livro “Broquéis”)
 
 
Créditos:
www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br     



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 20/11/2011
Reeditado em 20/11/2011
Código do texto: T3347287