Braços nervosos, brancas opulências,
     Brumais brancuras, fulgidas brancuras,
     Alvuras castas, virginais alvuras,
     Lactescências das raras lactescências.
      
     As fascinantes, mórbidas dormências
     Dos teus abraços de letais flexuras,
     Produzem sensações de agres torturas,
     Dos desejos as mornas florescências.
      
     Braços nervosos, tentadoras serpes
     Que prendem, tetanizam como os herpes,
     Dos delírios na trêmula coorte...
      
     Pompa de carnes tépidas e flóreas,
     Braços de estranhas correções marmóreas,
     Abertos para o Amor e para a Morte!

                                       (do livro “Broquéis”)
 
 
Créditos:

www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br     



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 20/11/2011
Reeditado em 20/11/2011
Código do texto: T3347280