Alva, do alvor das límpidas geleiras,
     Desta ressumbra candidez de aromas...
     Parece andar em nichos e redomas
     De Virgens medievais que foram freiras.
      
 
     Alta, feita no talhe das palmeiras,
     A coma de ouro, com o cetim das comas,
     Branco esplendor de faces e de pomas
     Lembra ter asas e asas condoreiras.
      
 
     Pássaros, astros, cânticos, incensos
     Formam-lhe aureoles, sóis, nimbos imensos
     Em torno a carne virginal e rara.
      
 
     Alda fez meditar nas monjas alvas,
     Salvas do Vicio e do Pecado salvas,
     Amortalhadas na pureza clara.

                                                   (do livro “Broquéis”)
 
 
Créditos:
www.biblio.com.br/
www.bibvirt.futuro.usp.br     



João da Cruz e Sousa (Brasil)
Enviado por Helena Carolina de Souza em 20/11/2011
Reeditado em 23/11/2011
Código do texto: T3347244