Sentei-me hoje com a morte

Sentei-me hoje à noite com a morte

Na beirada de uma cama vazia

pensamentos voltados para o norte

Imaginando o que você fazia

Sem perceber, ja raiava o dia

e eu alí, segurado pelo abraço forte

da minha fidelíssima insônia

cruel e traiçoeira consorte

Hoje, as lágrimas que me caem

Por elucubrar sobre teus amores

prendem-se ao rosto, não se esvaem

Minhas lágrimas, como murchas flores

São relíquias que não atraem

Nada mais, que outros dissabores

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 20/11/2011
Reeditado em 28/12/2011
Código do texto: T3346644
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