Sentei-me hoje com a morte
Sentei-me hoje à noite com a morte
Na beirada de uma cama vazia
pensamentos voltados para o norte
Imaginando o que você fazia
Sem perceber, ja raiava o dia
e eu alí, segurado pelo abraço forte
da minha fidelíssima insônia
cruel e traiçoeira consorte
Hoje, as lágrimas que me caem
Por elucubrar sobre teus amores
prendem-se ao rosto, não se esvaem
Minhas lágrimas, como murchas flores
São relíquias que não atraem
Nada mais, que outros dissabores