Quando a morte chorou
Ao ver as atrocidades humanas vis
No sangue rubro inocente derramado
Jaz as lágrimas da morte ao amado
Na confissão do condenado os ardis.
Nas platéias de fogo o ausente sente
Nas figuras marcadas o ódio singrado
Em mares da distante ira do ordenado
Meças os crimes do homem demente.
A morte chora por ter visto tudo isto
Nas montanhas de cadáveres estéreis
Decrépitas e nojentas chagas voláteis.
Na realidade de tantas mentiras
No amor que morre o ódio que tiras
Na ignóbil choldra que rodeia Mefisto.