AS FLORES QUE COLHO NO MUNDO
Parte sofrida, distante, ao alcance do coração,
Que mesmo longínqua dos olhos se apresenta,
Em lembrar, de lágrimas, em linhas de solidão,
No rosto de quem pensa e as vê em luz serena.
Reconhecendo-te não apenas nos versos e flores,
Como também no perfume delas vindos nos ventos,
Que seguem os mesmos caminhos por onde fosses,
Deixando apenas as marcas dessa estrada e relento.
Partes de mim, fincando em mim a saudade tua,
Qual parte tem de maior peso sentir? Pese a lua,
Será a que sinto da falta da tua suave presença.
Tu recolhes em meus versos as partes de mim,
Enquanto eu colho no mundo pétalas sem fim,
Da flor da saudade no jardim da tua ausência.