sombras
Que fiz a Ti, oh! Deus, que tanto choro,
Para merecer tanto desencanto,
Porque meus olhos, lacrimejam tanto,
Que fiz a Ti, oh! Deus, que tanto oro.
Não me lembro de Tê-lo, ofendido,
Só me lembro, de Tê-lo, amado tanto!...
Escrevo na escrivaninha do recanto,
Os amores e lugares esquecidos.
Quanto maior o homem, maior a sombra,
Sei que é luz quando a sombra aparece
E o sol iluminando, a pele aquece!...
Sombras, sombrias, no percalço...
Por onde ando, por onde passo...
Que amanhã, outro dia recomece.