ALTARES
Teus olhos amenos, de mundo ideal
norteiam meus passos, vontades, vantagens,
cintilam manhãs, ornamentam paisagens
do que doravante será meu real...
Teus olhos, centelhas de paz celestial,
clareiam, colorem as foscas imagens
dos tempos sofridos daquelas viagens
que alçava, perdido em vazio brutal...
Amor, me aninhando em teus meigos olhinhos,
acendo em ternuras meus dias sozinhos
e acolho o deleite da fé que seduz....
Descanso as agruras nos teus olhos-lares...
Teus olhos purinhos que são meus altares,
são minhas igrejas, meus círios, a luz.