ALTARES

Teus olhos amenos, de mundo ideal

norteiam meus passos, vontades, vantagens,

cintilam manhãs, ornamentam paisagens

do que doravante será meu real...

Teus olhos, centelhas de paz celestial,

clareiam, colorem as foscas imagens

dos tempos sofridos daquelas viagens

que alçava, perdido em vazio brutal...

Amor, me aninhando em teus meigos olhinhos,

acendo em ternuras meus dias sozinhos

e acolho o deleite da fé que seduz....

Descanso as agruras nos teus olhos-lares...

Teus olhos purinhos que são meus altares,

são minhas igrejas, meus círios, a luz.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 19/11/2011
Código do texto: T3344279
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