A menina que esqueci
Permanecia a borboleta a pairar sobre mim,
Dando voltas e mais voltas a me sobrevoar,
Mas ela não parecia uma borboleta assim,
Voando como o vento e o ar.
Era a minha lembrança da beleza feminina,
Que lembra as graças de mulher,
Mas que não esquece do toque da menina
Que vi desde pequena sua beleza morrer.
Como uma borboleta pairando no ar,
Veio a mim e me embelezou
Com os seus dotes efêmeros.
Passou por mim a me amar
Com a graça que o padre batizou:
Que não lembro nem com muito esmero.