+Amor além da morte+
E, lá estava eu, deitado e inerte
Em meu ataúde, em flor e lenho
Levei na urna o amor que tenho
Qual da morte não me desperte
Nestas cálidas mãos, me aperte
A te ouvir do umbral que venho
Gritos em vão, tal seu empenho
Na lágrima seca, meu olho verte
Perdão amor, terei que deixar-te
E como agora eu queria beijar-te
Neste fogo d'alhures, me atenho
Deste inferno não vou abraçar-te
Ainda assim, vou sempre amar-te
Neste aloite que daqui embrenho
Valdívio Correia Junior, 18/11/11