Soneto à incógnita

Se com quimeras e nada mais

construí o castelo desta dor,

destruí-lo-ei como quem faz

a angústia em versos se decompor.

As lágrimas hão de se secar

com a brisa fria do devir,

que atrás de si sorrisos trará

e há de, em mim, os fazer surgir.

Meus dolos degenerar-se-ão

contíguo às memórias que, noutrora,

chagaram-me o níveo coração.

Tudo há de ser deleite, amor

não haverá exegese atroz;

nada, em termos, que explique esta dor.

Duda Checa
Enviado por Duda Checa em 17/11/2011
Reeditado em 06/12/2011
Código do texto: T3341515
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