.... CORCEL ....

A vida, um corcel sem estribeiras,

Nos prados, pelos ventos desses dias,

Escorrem pelas horas d'agonias,

Em trotes ou corridas bem ligeiras...

Em mim, a vida logo vai passando,

Qual água de um rio caudaloso,

Embora qual feliz astro brilhoso,

Cometa pelos ares se espalhando!...

A vida, inteirinha e de graça,

Marchando pelos dias, logo passa;

Serei a luz, depois, só apagando?...

Ò Deus dá-me outra vida, d’uma ave,

Um pouso bem tranqüilo, bem suave,

Nos céus, lá nos encantos teus, voando!...

Aarão Filho.

São Luís-Ma, 17/011/2011

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 17/11/2011
Reeditado em 17/11/2011
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