VORACIDADE
Marcos Loures
Tua boca voraz me toma inteiro,
Pantera que me encanta e me devora.
Fazendo de meu corpo teu canteiro,
As vias do prazer, cedo decora.
E corta com as garras carinhosas,
No desejoso grito de vingança.
As noites são assim, deliciosas,
O céu em pouco tempo já se alcança...
Uivos loucos, luxúria, gozo e cio.
Nos olhos da pantera sem sarcasmos,
Prazeres se demonstram, cessa o frio,
Em bocas e sussurros, seus espasmos...
Deitada do meu lado, a dor descarta,
E dorme, calmamente, mansa e farta...
Felina (2)
Edir Pina de Barros
Se eu sou voraz pantera, tão felina,
senhora desse encanto e tanta graça,
que o corpo teu inteiro assim enlaça,
que tanto te seduz e te alucina...
Se eu tenho o faro bom e a garra fina,
tu és a minha tenra e dócil caça,
que a mim se entrega inteira, beija e abraça,
por sobre a fina relva da campina.
Se assim me farto porque te devoro,
e uivo qual pantera em pleno cio,
voraz felina que depois descansa,
se solto esse meu uivo tão sonoro,
que ecoa dentro em ti horas a fio,
por certo me tornaste a caça mansa.
Livro: Poesia das Águas, pg. 72
FELINA
Marcos Loures
Felina delicada e tão ferina,
Os olhos doces, presas afiadas,
As noites com certeza iluminadas
Na louca sensação, tanto alucina;
Vagando pelas tantas madrugadas
Imerso no que tange e me destina,
Os corpos misturados, mesma sina,
Intermináveis jogos e caçadas.
A presa é caçadora e em suas garras.
Encontro a liberdade nas amarras
E tenho muito além do que se espera,
Hipnotizado sigo cada passo,
E quando sou caçado também caço
Ousando apascentar a bela fera.
Marcos Loures
Tua boca voraz me toma inteiro,
Pantera que me encanta e me devora.
Fazendo de meu corpo teu canteiro,
As vias do prazer, cedo decora.
E corta com as garras carinhosas,
No desejoso grito de vingança.
As noites são assim, deliciosas,
O céu em pouco tempo já se alcança...
Uivos loucos, luxúria, gozo e cio.
Nos olhos da pantera sem sarcasmos,
Prazeres se demonstram, cessa o frio,
Em bocas e sussurros, seus espasmos...
Deitada do meu lado, a dor descarta,
E dorme, calmamente, mansa e farta...
Felina (2)
Edir Pina de Barros
Se eu sou voraz pantera, tão felina,
senhora desse encanto e tanta graça,
que o corpo teu inteiro assim enlaça,
que tanto te seduz e te alucina...
Se eu tenho o faro bom e a garra fina,
tu és a minha tenra e dócil caça,
que a mim se entrega inteira, beija e abraça,
por sobre a fina relva da campina.
Se assim me farto porque te devoro,
e uivo qual pantera em pleno cio,
voraz felina que depois descansa,
se solto esse meu uivo tão sonoro,
que ecoa dentro em ti horas a fio,
por certo me tornaste a caça mansa.
Livro: Poesia das Águas, pg. 72
FELINA
Marcos Loures
Felina delicada e tão ferina,
Os olhos doces, presas afiadas,
As noites com certeza iluminadas
Na louca sensação, tanto alucina;
Vagando pelas tantas madrugadas
Imerso no que tange e me destina,
Os corpos misturados, mesma sina,
Intermináveis jogos e caçadas.
A presa é caçadora e em suas garras.
Encontro a liberdade nas amarras
E tenho muito além do que se espera,
Hipnotizado sigo cada passo,
E quando sou caçado também caço
Ousando apascentar a bela fera.