SÓ AGORA
Procurei e sempre te perdi,
Ainda menino te achei,
Logo desprezado sofri
De um sonho bonito acordei.
Uma realidade se fez sentir,
Era um nada e nada deveria ser,
Angustia e dor a me afligir
Vontade louca de morrer.
Sobrevivi estéril da tormenta,
Enganei a morte que da vida se alimenta,
Chego ao fim, velho, só e cansado.
Com a alma ferida e coração magoado
Por só agora ter compreendido,
Que te amei e não fui correspondido.
Marcus Catão