"APÓLOGO: A CIDADE E O CAMPO"

“-Eu sou de riqueza vestida e cortejada.

Sou eu quem cresce na proporção desejada.

Quem não me quer? Só os loucos inconformados

Que buscam sua sorte num tabuleiro de carteado...”

“-Mas eu sou a certeza do descanso real.

Sou eu quem dá forças, mesmo ao trabalhador braçal.

Quem não deseja paz? Só sendo um bem-dotado

Que não precisa de ajuda, pois tem até o inesperado!...”

Uma cena quase humana, nos dias atuais:

A cidade querendo o progresso; o campo, a preservação,

Pois na sua consciência, essa é a salvação.

Num instante refletido, a cidade querendo mais:

“-Não te aflijas, enganadora, minhas ciências evoluem...”

E o campo: “-Na incerteza, é melhor ficar com os que não poluem!...”

(ARO. 1992)

Profaro
Enviado por Profaro em 16/11/2011
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