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SALTIMBANCOS
Odir Milanez
No chão da vida, aos trancos e barrancos,
exibo os meus sonetos a ninguém.
Sou parte desses pobres saltimbancos
que cantam versos sem saber a quem.
Talvez os traços de cabelos brancos
derivem para os dotes do desdém.
Meus poemas dormitam sobre os bancos
dos saltimbancos, de quem sou refém!
Artista popular itinerante,
nos tablados do tempo levo avante
devaneios de quem a mim prometo.
Histrião de alegria claudicante,
sou poeta bufão, comediante
que, sem platéia, a mais ninguém entreto.
Sou tão só um poeta pervagante
que faz sorrir o pranto num soneto.
JPessoa/PB
16.11.2011
oklima
Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor... |