Víboras da madrugada
Saiu de minha boca
A libidinosa desculpa,
Depois que sua língua
Adocicada me chupa.
Nas esferas do teu beijo,
Perco-me, esqueço-me,
Refaço-me poeta, louco
Numa moldura psíquica sã.
Passeio no rastro do teu corpo
Desenhando as curvas selvagens
Da mão que se faz o atrito,
Teu colo tornar-se abrigo,
Teus lábios tornam-se talismã,
O orgasmo aproxima o perigo!