Soneto do tempo
Sem que eu saiba aonde tu me levas,
Que seja por uma âmbula de cristal,
Vivo a fluir em cinzas que me eleva,
Como uma fênix da chama astral...
Esta emoção que agora te confio...
É feita de fantasia de êxtase tão raro
É encantada, é leal, amor tão fino...
Desinteressado assim de ser tão claro!
Este amor de vôo livre e asas alheias,
Amor que percorre em serenas veias,
Onde o tempo em mim é eternidade;
Me sujeito à só alegria tão somente,
Porque de tristeza livrei minha mente,
Pela euforia de tua contínua saudade!