SOLIDÃO INTERIOR

Imensa é a solidão que vem das matas 
E aquela que se estende nas planuras! 
A que provém do céu, lá nas alturas, 
Ou que murmura, além, entre cascatas! 
 
Aquela que contorna e envolve os rios 
E vai pousar, tranquila sobre os lagos! 
Que a brisa traz às praias entre afagos, 
A nos tornar mais tristes, mais vazios... 
 
Grande demais é a solidão do mar! 
Da tarde que desmaia a soluçar, 
Buscando no horizonte seu jazigo! 
 
Mas, a maior, a solidão mais triste! 
A mais profunda que existe! 
Não vaga por aí...mora comigo! 
 
Escrito em junho de 1965 
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 15/11/2011
Reeditado em 15/11/2011
Código do texto: T3337243
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