"O SILÊNCIO EM ECO"
No silêncio de um abraço,
Simbolizando uma despedida;
No silêncio de um lenço acenando,
O martírio da distância que se agiganta.
No silêncio, duas pequeninas gotas,
Lágrimas ardentes descem... rolam pela face;
No silêncio, o forte e poderoso coração
Se contrai: a batida se torna pesada.
Um silêncio, gesto de aceitação,
Acende sensivelmente a separação,
Nesse silêncio, um se afasta...
O outro, no silêncio, se mortifica.
O silêncio de ambos se acumula,
E juntos bradam a angústia da solidão...
(ARO. 1975)