SONHAR CONTIGO
Odir Milanez
Sonhar contigo bem que sonharia
se do sonho restasse realidade,
se contigo acordasse de verdade,
após a noite amanhecer o dia.
Meu corpo junto ao teu idearia
se matasse d’amor essa vontade
de sermos unos na saciedade
do gozo, do prazer em parceria.
Sonhar contigo deixo desde agora.
De ser nós dois no leito em desalinho,
sem turbação de tempo, dia e hora.
Dói-me demais dormir com teu carinho,
sonhar com teus sentidos indo embora
e despertar a dor de ser sozinho...
Soneto da espera
Edir Pina de Barros
Sonhar o sonho teu eu bem quisera,
e sem pensar no após, na realidade,
de o sonho ser somente vanidade,
apenas ilusão, enfim, quimera.
O inverno traz no ventre a primavera.
E o sonho? Traz, em si, qualquer verdade?
Seria só loucura? Insanidade?
O fruto do desejo ou vã espera?
Seria a pura ausência de carinho
o sonho que contigo eu hei sonhado?
Só sei que sonho e quero-te ao meu lado.
Eu já bordei os meus lençóis de linho,
comprei a fina taça e antigo vinho,
e sonho ver-te aqui, ó, meu amado!
Brasília, 15 de Novembro de 2011.
Seivas d'alma, pg. 83
Odir Milanez
Sonhar contigo bem que sonharia
se do sonho restasse realidade,
se contigo acordasse de verdade,
após a noite amanhecer o dia.
Meu corpo junto ao teu idearia
se matasse d’amor essa vontade
de sermos unos na saciedade
do gozo, do prazer em parceria.
Sonhar contigo deixo desde agora.
De ser nós dois no leito em desalinho,
sem turbação de tempo, dia e hora.
Dói-me demais dormir com teu carinho,
sonhar com teus sentidos indo embora
e despertar a dor de ser sozinho...
Soneto da espera
Edir Pina de Barros
Sonhar o sonho teu eu bem quisera,
e sem pensar no após, na realidade,
de o sonho ser somente vanidade,
apenas ilusão, enfim, quimera.
O inverno traz no ventre a primavera.
E o sonho? Traz, em si, qualquer verdade?
Seria só loucura? Insanidade?
O fruto do desejo ou vã espera?
Seria a pura ausência de carinho
o sonho que contigo eu hei sonhado?
Só sei que sonho e quero-te ao meu lado.
Eu já bordei os meus lençóis de linho,
comprei a fina taça e antigo vinho,
e sonho ver-te aqui, ó, meu amado!
Brasília, 15 de Novembro de 2011.
Seivas d'alma, pg. 83