SONETO DE UM PORVIR
Eu conheço todos os dias que me esperam,
Passo por eles, e sempre que passo, viro meu rosto.
Sei do tamanho dos ciprestes que me velam,
Sei dos corvos que os habitam e seus gostos.
Crônica de uma morte anunciada?... Escada?!
Será que já não estou morto, sujo?!
Quem me garante a alegria dessa vida mascarada?!
Sei do sangue do meu peito, e ele não é rubro!
Minha cabeça não se prende mais a mim,
Meu corpo não tem mais chaves, tampouco portas...
Meus passos, tal qual meus olhos, são cegos!
Vejo-me em comunhão - melancolia, depressão e sem rota.
Deleito-me com a noite - Bovary que me entrego!
Sono, solidão, socorro, sonâmbulo e o fim!
Eu conheço todos os dias que me esperam,
Passo por eles, e sempre que passo, viro meu rosto.
Sei do tamanho dos ciprestes que me velam,
Sei dos corvos que os habitam e seus gostos.
Crônica de uma morte anunciada?... Escada?!
Será que já não estou morto, sujo?!
Quem me garante a alegria dessa vida mascarada?!
Sei do sangue do meu peito, e ele não é rubro!
Minha cabeça não se prende mais a mim,
Meu corpo não tem mais chaves, tampouco portas...
Meus passos, tal qual meus olhos, são cegos!
Vejo-me em comunhão - melancolia, depressão e sem rota.
Deleito-me com a noite - Bovary que me entrego!
Sono, solidão, socorro, sonâmbulo e o fim!