Cheia de vazio
À rua vazia eu saio perdida
De face sombria, com a testa enrugada
Dobras que os raios do sol em mim produzia
Virar a esquina me deixa machucada
Atravesso a encruzilhada marcada pelo nada
Avisto a folha seca amarela caindo
Passo por ela e o cabelo a suporta
Ainda sem saber para aonde estou indo
O que eu busco saindo de dia
Na noite sozinha encontro de repente
Não mais as lembranças me vencem
Recordo de mim o que não está na minha mente
Na volta pra casa me sinto cheia
Transbordando vazio, enchente do ausente