Mero resíduo
O que me vai não é mero resíduo
Passa tua cola em mim, me ata,
serei o brinco deste velho pirata;
Lanço a alma ao caos (ímpeto assíduo).
Quem me toma a descer c a s c a t a
Perdendo-me em não-ser indivíduo.
Tudo que me pertence é ambíguo
no que se encaixa na presente data.
Perene, o residual se vai...
E quem prenderá a forma do existir?
Quem estagnará o pó que cai?
Me deixa a morrer o produzir
Resisto ao sonho que não me sai
No tempo que se tem para se desiludir.