Nossa Mocidade
À Minha Amada
Lembras-te, Amor, dos tempos tumulares,
Daqueles brancos e marmóreos dias?
Que andávamos por entre as flóreas vias,
Na solidão dos túmulos, milhares...
Recordas-te também dos singulares
Anjos monumentais, de pedras frias?
Onde pousávamos as mãos esguias
Tateando as suas faces seculares...
Não deixa Amor, aos vis esquecimentos,
Não deixa que se olvidem os momentos,
Prende-os ao peito, torna-os imortais!
Guarda contigo todas as memórias,
Nossas vitais, miríades de histórias,
Que os tempos — Meu Amor — não trazem mais!
7 de Novembro de 2011
*Reescrito em 27 de Julho de 2017.