DOCE FLECHA DO CUPIDO
DOCE FLECHA DO CUPIDO
Daquele amor não sobrou nem retalho,
As lembranças não provocam tristeza,
Nas madrugadas bebo o orvalho,
Minh`alma voa no esplendor da leveza.
No meu diário só riscos borrados,
Enterrei desilusão em cavacos,
Sofrimento escavado e arrancado,
Doei ao mendigo seu velho casaco.
Os coqueiros balançam ao relento,
O tempo passa e os dias mortiço,
Vão-se embora e volta o movimento.
Tantos beijos que tenho ganhado,
Feliz com luzes sem nenhum feitiço,
Doce Flecha do Cupido varado.