DOCE FLECHA DO CUPIDO

DOCE FLECHA DO CUPIDO

Daquele amor não sobrou nem retalho,

As lembranças não provocam tristeza,

Nas madrugadas bebo o orvalho,

Minh`alma voa no esplendor da leveza.

No meu diário só riscos borrados,

Enterrei desilusão em cavacos,

Sofrimento escavado e arrancado,

Doei ao mendigo seu velho casaco.

Os coqueiros balançam ao relento,

O tempo passa e os dias mortiço,

Vão-se embora e volta o movimento.

Tantos beijos que tenho ganhado,

Feliz com luzes sem nenhum feitiço,

Doce Flecha do Cupido varado.

Zastra
Enviado por Zastra em 14/11/2011
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