Dia de chuva
Guarda-chuvas em frêmito, cidade
Em alvoroço, grande vai e vem, pés
Molhados, todos encharcados, tez
Molhada da cabeça aos pés, fealdade
De faróis, carros e buzinas, lama
A me banhar o corpo já cansado,
Um corre-corre, povo lado a lado.
Ah! pandemônio, confusão, reclama
Um do banho que leva de algum carro.
Confusão, trânsito, loucura, gritos,
Um mar de palavrões, na cara barro.
Ah! tão bela paisagem deste inferno,
Água pra todo lado. Que bonitos
Retratos deste mundo tão moderno.