Amarras invisíveis
Liberto as amarras invisíveis que me prendem
A um passado em meio a brumas falsas ilusões
Reveladas nos gestos silenciosos que atendem
ao medo de perdas envolto em eternas prisões
No crepúsculo ouço o murmúrio das velhas vozes
lembranças emaecidas de um sonho tão distante
mergulhado no tempo acorrentado pelos algozes
habitam no recôndito escondido da alma errante
Busco na balança da vida solução para o dilema
Embarcando em um cruzeiro sem nenhuma rota
Na imensidão do oceano me desfaço num poema
À tona emergem versos que calam secreto desejo
Deixar-me levar por ondas que arrebentam na praia
E se perdem na areia entre conchas em final cortejo