AMIGOS, MAS NÃO VIRTUAIS

Se digo que não sou amigo dos que não vejo,

É que deslumbro quem de corpo físico comparece

Ou se o que olho só num clique desvanece,

Não me importo com o excesso do teu pejo.

Não posso confiar num led, num lampejo...

O que desde os primórdios me esclarece:

Um só toque tangível na cútis me envaidece,

Mais que estar semoto do desejo.

Não me embuço da verdade, nem de dizer,

Com franqueza como a luz do alvorecer,

Que só prezo quem jaz dormindo nos meus seios.

Porque amigo é quem é tal como irmão,

Que irmão já não lhe deu tanta razão,

Embora não privei-te da verdade sem rodeios?

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 13/11/2011
Reeditado em 10/01/2013
Código do texto: T3333671
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