Soneto do Remanso
Francisco Settineri
Tu foste minha, eu sei, grande ventura
De contigo brilhar, em dança e vela,
Remanso de um olhar, em miniatura
Pintada nos lençóis dessa aquarela.
E tu, que vens a mim numa ternura
E quanto mais te vejo, mais és bela,
Ao te encontrar imersa na moldura
E deixar meus olhos bem junto à tela!
Mas começa o segundo movimento
Em que te enlaço em grande amor e cordas,
Os meus dedos afinam o instrumento,
E luzes de um olhar, quando tu acordas...
Cabelos que esvoaçam pelo vento
E a sombra das saudades que recordas!...
SONETO DA SAUDADE
Edir Pina de Barros
À sombra da saudade tão frondosa
- que deita no meu âmago raízes –
relembro os dias bons, demais felizes,
de nossa vida alegre e venturosa.
Eu era jovem - rubra e frágil rosa -
olhar vivaz, do modo que tu dizes,
sem ter no rosto vincos, cicatrizes,
tristeza densa, lágrima seivosa.
Envoltos por mil rendas de ternura,
dançamos uma valsa, que era bela,
mais bela que o clarão da cheia lua.
À luz de teu olhar - aí, que ventura –
a tremular, qual chama de uma vela,
no doce enlace desse amor fui tua!
Brasília, 13 de Novembro de 2011.
Livro: Seivas d'alma, 14
Francisco Settineri
Tu foste minha, eu sei, grande ventura
De contigo brilhar, em dança e vela,
Remanso de um olhar, em miniatura
Pintada nos lençóis dessa aquarela.
E tu, que vens a mim numa ternura
E quanto mais te vejo, mais és bela,
Ao te encontrar imersa na moldura
E deixar meus olhos bem junto à tela!
Mas começa o segundo movimento
Em que te enlaço em grande amor e cordas,
Os meus dedos afinam o instrumento,
E luzes de um olhar, quando tu acordas...
Cabelos que esvoaçam pelo vento
E a sombra das saudades que recordas!...
SONETO DA SAUDADE
Edir Pina de Barros
À sombra da saudade tão frondosa
- que deita no meu âmago raízes –
relembro os dias bons, demais felizes,
de nossa vida alegre e venturosa.
Eu era jovem - rubra e frágil rosa -
olhar vivaz, do modo que tu dizes,
sem ter no rosto vincos, cicatrizes,
tristeza densa, lágrima seivosa.
Envoltos por mil rendas de ternura,
dançamos uma valsa, que era bela,
mais bela que o clarão da cheia lua.
À luz de teu olhar - aí, que ventura –
a tremular, qual chama de uma vela,
no doce enlace desse amor fui tua!
Brasília, 13 de Novembro de 2011.
Livro: Seivas d'alma, 14