"VIDA ATRIBULADA... NO DESCUIDO, MAIS UM"

Naquele barraco, não se vê televisão,

Sua luz é de vela, às vezes de lampião.

Após horas na obra, chega o chefe cansado,

E sua maior intenção é ficar isolado.

Vem a mulher amiga, e cheia de amor,

Oferece aquela pinga, que lhe levanta o humor,

Não importando a marca, pois é tudo uma “caninha”

E foi o que se pôde comprar naquela barraquinha.

Após saborear a comida, a mesma do dia-a-dia,

Refresca-se na água que já está na bacia,

E recebe os carinhos da mulher incomum.

Entre beijos e abraços, um esquecimento ingrato:

A pílula que não tomara, antes daquele ato...

E tempo depois àquela família chega a notícia de mais “um”...

(ARO. 1991)

Profaro
Enviado por Profaro em 12/11/2011
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