"VIDA ATRIBULADA... NO DESCUIDO, MAIS UM"
Naquele barraco, não se vê televisão,
Sua luz é de vela, às vezes de lampião.
Após horas na obra, chega o chefe cansado,
E sua maior intenção é ficar isolado.
Vem a mulher amiga, e cheia de amor,
Oferece aquela pinga, que lhe levanta o humor,
Não importando a marca, pois é tudo uma “caninha”
E foi o que se pôde comprar naquela barraquinha.
Após saborear a comida, a mesma do dia-a-dia,
Refresca-se na água que já está na bacia,
E recebe os carinhos da mulher incomum.
Entre beijos e abraços, um esquecimento ingrato:
A pílula que não tomara, antes daquele ato...
E tempo depois àquela família chega a notícia de mais “um”...
(ARO. 1991)