A dor do tango
O tango, esse punhal de corte agudo
que espeta o coração sem piedade,
que sangra a mentira e a verdade,
sabe, da minha vida, quase tudo.
Fala por mim (enquanto vivo mudo)
e mente, e inventa, e arrebata,
e canta, e encanta, e maltrata
com suas mãos sangrentas, de veludo.
O tango, essa dor intermitente
que dança, entre a alma e a mente,
nos braços traiçoeiros do ciúme...
ouve por mim (enquanto vivo surdo)
sussurros sensuais e, sobretudo,
os versos de paixão que a dor resume.
O tango, esse punhal de corte agudo
que espeta o coração sem piedade,
que sangra a mentira e a verdade,
sabe, da minha vida, quase tudo.
Fala por mim (enquanto vivo mudo)
e mente, e inventa, e arrebata,
e canta, e encanta, e maltrata
com suas mãos sangrentas, de veludo.
O tango, essa dor intermitente
que dança, entre a alma e a mente,
nos braços traiçoeiros do ciúme...
ouve por mim (enquanto vivo surdo)
sussurros sensuais e, sobretudo,
os versos de paixão que a dor resume.