Extremos inseparáveis
Perdemos-nos nós em nossos olhares.
Lançamos-nos de imensos abismos.
E do instante em que existimos,
nossas jornadas tornaram-se pares.
E dos olhares mesmos em que vimos,
soubemos-nos como que grandes mares
unidos por forças de todos 'ares,
impedidos no entanto pelos cimos;
muralhas essas, de coração dobre
de onde exalam incensos de enxofre,
lavas que intentam vulcanizar;
as águas nossas que são nossos braços
correntes marinhas que em seus traços
linhas imaginárias: dois ocea-
nos juntar!