Soneto II
Não quero o teu café que é tão pequeno
Ou o doce predileto que fizeste,
Nem mais despir a roupa que te veste.
Apenas quero embriagar-me de veneno.
Não quero mais beijar-te no sereno,
Nem mais ouvir os versos que me leste.
O beijo e o desafeto que me deste
Suplicam minha dor mas te condeno.
Virás que o meu sangue frio é teu abrigo.
E o verso blasfemado que maldigo
Acompanha-te o doce contracanto...
Deslizando na empáfia do teu rosto
A lamúria corroía o teu desgosto
Maculando as colores do teu manto!