Soneto II

Não quero o teu café que é tão pequeno

Ou o doce predileto que fizeste,

Nem mais despir a roupa que te veste.

Apenas quero embriagar-me de veneno.

Não quero mais beijar-te no sereno,

Nem mais ouvir os versos que me leste.

O beijo e o desafeto que me deste

Suplicam minha dor mas te condeno.

Virás que o meu sangue frio é teu abrigo.

E o verso blasfemado que maldigo

Acompanha-te o doce contracanto...

Deslizando na empáfia do teu rosto

A lamúria corroía o teu desgosto

Maculando as colores do teu manto!

Eltonn Moreira
Enviado por Eltonn Moreira em 10/11/2011
Reeditado em 01/02/2012
Código do texto: T3327865