ATURDIMENTO


 
Busquei em todos os lugares que eu pude
a tão sonhada paz que minha alma almeja.
O fim da lágrima que na face goteja
pelos pesares da perdida juventude.
 
Por que mergulho na estranha inquietude,
que me concede toda sorte  malfazeja.
E esta angústia o meu peito apedreja
como um carrasco - que me açoita à mão rude?
 
Em claudicante caminhar hoje me vejo,
Sondando o chão – onde meus passos eu despejo
Buscando apoio para meu descanso eterno...
 
Atiro as pedras - que por força me apedrejo
Para abafar a incerteza do desejo
De me afastar - de vez - do fundo deste inferno! 





Amigos!
Não quero falar de dores
mas de flores.
Não quero falar de ciática
nem parecer sorumbática.
Apenas dizer-lhes
desta saudade
e da minha vontade
de estar mais com vocês, todos os dias.
Por ora, ainda não posso.
Mas, assim que melhorar
deste desconforto,
provocado pelas dores,
estarei com vocês, sempre!
Um beijo no coração de cada um.
Obrigada pela presença, sempre.

(Milla)




 
P.S.

Não se preocupem
com a tônica forte deste soneto.
Nada a ver com meu estado de saúde
(que sei - é momentâneo).
Trata-se apenas de um estilo,
sem nenhuma referência pessoal.