O Mal dos Amantes
Tenho fome! E esta me corrói
Devora-me por dentro, o estomago
Eu sinto, à cada célula que ela destrói
O desespero louco de um náufrago
Tenho sono, e um cansaço que me mói
E vem causando um largo estrago
Mas é tanto que já não me dói
Inócuo, como o cigarro que não trago
Meus nervos aos poucos têm falhado
Meus olhos não enxergam como antes
Por passar dias e dias acordado
Nem sangrias, nem os calmantes
Nenhum remédio têm ajudado
Pois o meu mal, é o mal dos amantes