VIL PRADO

Dos lábios que não toco,

Sei bem desses desejos,

Sussurros que não posso,

Serpentes, veneno vejo.

Grito tão distante, solto,

Diante de mim, espelho,

Apenas reflexo envolto,

Teu não, meu, centelho.

Delírios em forte brado,

Inútil lutar. Desarmado,

Insônia, eu em vil prado.

Retorno? Não, descaso.

Pedindo para ser amado,

Silêncio vindo, não acaso.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 08/11/2011
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