VÃO MEUS AIS
Estou a semear pétalas de flores coloridas
No caminho onde passávamos felizes
A cantar músicas antigas, nossas preferidas;
Caminho limpo sem pedras, sem deslizes.
Oh, saudade! Parte dessa distãncia perdida
No tempo, na vida, na esperança morta
Enquanto semeio pétalas no caminho, minha vida
Descansa nos rumores do vento. É o que importa.
Às vezes perdidamente choro, quando a tarde
Esquece de fechar as janelas. Dá-me arrepios
Diante desse verão incansável ;procurando alarde.
Vão meus ais... Depressa sepultar sua tristeza,
procurar a paz através da paciência dos rios
Que vagarosos vão em seu caminho na sua firmeza.
DIONÉA FRAGOSO