Ana Flor do Lácio e Walter de Arruda
NOSSO AMOR E NOSSA SAUDADE
AQUI JAZ MEU AMOR E MINHA POESIA
O vento sopra… E com ele, flutuando,
Vão minhas tristes recordações d’ outrora.
Juntei tudo que era teu, com gesto brando,
Desejei que esse adeus tivesse demora!
Sempre soube que dizer adeus não basta
Para que seja esquecido um tão grande amor…
Mas quando já nem a esperança nos resta
É preciso saber conviver com a dor…
As ondas do teu mar não mais verão meu cais…
Sempre ficará em mim teu tão doce e terno
Último beijo… Findou minh’ alegria…
E no livro cinza dos meus dias, entre ais,
Escreverei, com a cor do meu inverno:
«Aqui jaz meu amor e minha poesia…»
Ana Flor do Lácio
SAUDADE É SER LEMBRANÇA
Quando o meu ser te dizer Adeus
Podes sentir que é verdadeiro
Será num momento que a chuva
Parar de cair mansinho na tua Tela
Será no silencio de uma lágrima
Transparente é meu pensamento
Que se abandonou em teu altar
Ao pensar que só isso é te ser feliz
Será assim sem cores e imagens
Que no abraço teu eu ir sentistes
E nada mais alí podia se mover
Será ainda mais penoso desistir
De tanto Amar sem conhecer
Foi-se até a saudade, volto ao Pai.
Walter de Arruda
Assim é a poesia...
Um mundo livre de muros e barreiras e pontes são construídas. Nele encontramos nosso lar, nosso céu, nosso mar… É nele que vivem os sonhos, convivem dores, distribuem-se abraços e carinhos, se perdem e se encontram amores… Eternizam-se momentos que nos levam ao mundo encantado da emoção. E neles viajamos na tinta que escorre no papel e nos versos que brotam do coração… E foi num momento de espontaneidade que este dueto surgiu. Palavras não tenho para agradeçer ao poeta Walter a inspiração e a alegria que este encontro me proporcionou. Apenas me resta desejar que Deus abençoe você, querido poeta e que Ele lhe dê a concretização de todos os seus desejos e sonhos. Sua amiga, Ana.
Interação do poeta Oklima. Grata, querido poeta Odir,
pela sua brilhante interação enriquecendo nossos singelos poemas.
Sua presença veio iluminar esta página.
O MAR DE MEUS SONHOS
Odir Milanez
Viajante dos sonhos que sonhei,
eu me fiz timoneiro das quimeras.
Em cada porto fui deixando esperas,
em cada espera um novo amor deixei.
Mas do mar de meus sonhos me cansei.
Cansei das tempestades nas galeras,
do canto das sereias, das heteras,
dos rumos e das rotas que tracei.
Cansei dos ventos, das monções atoas,
que me levaram longe das pessoas
que pela vida amei, sem vê-las mais.
Abarrotado de lembranças boas,
sou navio à deriva, preso às toas
da barca que me arrasta para o cais.
( JPessoa/PB/ 08.11.2011./ oklima)
Interação de CORAÇÃODEPOETA. Grata, querido poeta Adauto,
pela sua brilhante interação enriquecendo nossos singelos poemas.
Sua presença veio iluminar esta página.
Quanta saudade nesse cantinho de poesia
Fico até um pouco triste pra comentar
Mas, como sei que entre sentimentos não tem heresia
Deixe-me por aqui minha saudade também chorar.
(CORAÇÃODEPOETA)