CURA

Debilitado, fraco, enfermiço,
Sem forças pra lutar de alguma forma,
A face descorada – sem um viço,
A vida mal pulsava – estava morna...


Já não cumpria mais seu compromisso,
Um riso? Não. Rudeza é o que lhe orna,
Palavra proferida como ouriço –
Será que a alegria lhe retorna?!


E caminhando assim qual morto-vivo,
Qual um robô, mecânico, inativo,
Pedia a Deus descanso do labor...


Tantas consultas médicas em vão,
Depois – só bem depois –, que viu então,
Que a cura era livrar-se do Rancor...


18/09/11
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 07/11/2011
Reeditado em 08/11/2011
Código do texto: T3323193
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