Soneto Outonal
Os trópicos sussurram sonolentos
Os ventos valsam as folhas perdidas,
Em indevidas venturas de eventos
Atentos olhos, lágrimas banidas.
Cabelos e lábios, sabor de menta.
Nada sustenta o tom amarelado
Viço bordado, amor que se reinventa,
Véu magenta a revelar meu pecado.
Toca a mata, varre o som da sonata
Varre vento este tempo revoluto,
Abstrata natura, polens de prata.
O balouçar da tarde, flor e idade,
Luz sobre tela, tez tão bela. O fruto,
Paixão outonal, musical brevidade!