Desdém
O teu desprezo nem sequer eu vejo,
a mim o teu amor não mais importa,
devolvo as chaves, tranco a minha porta,
à tua busca nunca mais andejo;
por ti não mais reclamo, nem versejo,
o coração não quer, não mais suporta,
nem quero ouvir teu nome, viva ou morta,
e morto está em mim o meu desejo;
e tal desdém, que nutres tanto, agora,
é fruto da paixão que te devora,
e já consome a própria luz, a vida;
tu trazes, dentro em ti, ressentimento,
enquanto livre sou – bem mais que o vento -
cultivas, dentro em ti, voraz ferida.
Brasília, 7 de Novembro de 2011.
Seivas d'alma, pg. 43
O teu desprezo nem sequer eu vejo,
a mim o teu amor não mais importa,
devolvo as chaves, tranco a minha porta,
à tua busca nunca mais andejo;
por ti não mais reclamo, nem versejo,
o coração não quer, não mais suporta,
nem quero ouvir teu nome, viva ou morta,
e morto está em mim o meu desejo;
e tal desdém, que nutres tanto, agora,
é fruto da paixão que te devora,
e já consome a própria luz, a vida;
tu trazes, dentro em ti, ressentimento,
enquanto livre sou – bem mais que o vento -
cultivas, dentro em ti, voraz ferida.
Brasília, 7 de Novembro de 2011.
Seivas d'alma, pg. 43